quarta-feira, 26 de setembro de 2007
A Apoteose de Nós Dois (Poesia)
No lado sombrio da Lua,
Uma noite de apoteose,
Minha mão sentiu-a nua,
Mas não forçou a posse.
Foram caminhos, atalhos e vales,
Vias de toque, desejos e anseios,
Do cantar que cura nossos males,
Debrucei inteiro nesses canteiros.
Se era bem tarde me esqueci,
Mesmo cedo não te despertei,
Da claridade tola nos escondi,
Quando o seio sublime beijei.
O som distante da melodia,
O suave tom dos sucrilhos,
As bocas unidas nessa alforria,
As línguas livres em estribilhos.
Não havia certo e errado,
Ambos tinham sua razão,
Acordamos tarde lado a lado,
Do sonho repleto de emoção.
Explorar sem medo nosso destino,
Fazer o futuro adiante dar um fruto,
Realizar uma loucura ou desatino,
Um amor genuíno, em estado bruto.
Mas minha mão lapida a sua,
Meu corpo descansa no seu,
E na fé da fascinação mútua,
O coração que guardo é teu.
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Um comentário:
Que poema lindo!!! Vc sabe a sensação que causa, não preciso dizer, meu poeta!
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