segunda-feira, 10 de setembro de 2007

O Velho e o Novo

Parece que sempre nos cobram um olhar no futuro, um pé no presente e a ruptura com o passado. Uma busca incessante da mutabilidade, da transformação. Nunca entendi essa batalha entre o velho e o novo. O futuro e o passado, a rigor, no momento presente, estão sempre a um segundo de distância, em ambos os sentidos.

Costumam dizer que aquilo que passou cumpriu seu ciclo. Mas nada se comporta exatamente conforme o desejado. Não moldamos o tempo, nem o manipulamos, ele apenas nos escapa. Os românticos já disseram que a vida é um estado de espírito. Acho que na verdade é um estado de tempo.

Tempo de dormir, tempo de acordar. Tempo de beber, tempo de comer. Tempo de viver, tempo de morrer. Essa sucessão de períodos, de atitudes, nos mostra que as certezas duram tanto quanto o instante atual. E que se apoiam em experiências distantes de nós apenas um mísero segundo. Mergulhar no passado ou nadar para o futuro? Talvez o leito do rio esteja seco.

Melhor caminhar então. Isso nos dá o ritmo preciso e a maravilhosa chance de parar, olhar para os lados, vislumbrar a retaguarda e sonhar com a linha do horizonte adiante.

4 comentários:

Vlademir lazo Corrêa disse...

Seja bem-vindo ao blogger, Roberto. Já pelos belos textos que postou hoje, tenho certeza que esse espaço irá crescer e será de alto nivel. Abraço!

Thaís Gischkow disse...

O Tempo. Pelo bem e pelo mal ele não pára jamais. No passado a história, no futuro a incerteza, no presente a chance de mudar tudo.

Um beijo.

Angeles disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Angeles disse...
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